400 presos passaram a noite de sábado e todo dia de hoje amotinados, fazendo gritaria e ameaçando uma fuga em massa.
Situação começou a ficar crítica na sexta-feira, depois de a Polícia Civil e o Setor de Carceragem concluírem a instalação de telas nas janelas das celas, que dão acesso ao pátio de sol.
As telas foram implantadas com objetivo de impedir os presos de "pescarem" pacotes com drogas, serras, brocas, celulares e fumo que estavam sendo lançados sobre a muralha do presidio. Com o endurecimento das regras, os presos se revoltaram, exigindo a mobilização de vários investigadores que estavam de folga.
No entanto, nem mesmo a chegada de reforço policial fez os presos recuarem. Eles passaram o dia todo gritando e batendo contra as grades, usando pedaços de ferro, arrancados da estrutura, para arrebentar paredes e janelas. Diante da situação, a polícia efetuou dezenas de disparos de advertência, mas nem isso foi suficiente para fazer os presos recuarem.
Agora a noite, os presos comunicaram a morte de um detento dentro da Galeria C. O presidio continua cercado, mas os detentos recusam entregar o suposto corpo e não deixam a polícia entrar na cadeia.
Os 400 presos, em espaços projetado para apenas 114, estão há cerca de um ano soltos nas duas galerias. Todas as celas tiveram as portas entortadas ou arrancadas na última rebelião. A Polícia Civil não confirma a morte de detento e não descarta a hipótese de a informação ser uma armadilha para fazer reféns em caso de invasão. Mesmo assim, um camburão do IML já está no local. Delegado-chefe, Osmir Ferreira, tenta negociar com os presos. (Inf. Hoby News)