O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.
☺Achei esse vídeo no youtube e vou compartilhar com os amigos leitores para que possamos juntos combater esse mosquito... prestem atenção no vídeo e mãos a obra.
Sintomas
A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento especializado.
a) Dengue clássica
Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39º a 40º), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas.
Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia. O exantema pode estar presente ou não.
b) Dengue hemorrágica
As manifestações iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas da forma clássica. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas), além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
c) Síndrome do choque associado à dengue
O potencial de risco é evidenciado por uma das seguintes complicações: alterações neurológicas (delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia), sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva, derrame pleural. As manifestações neurológicas, geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença.
Diagnóstico
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).
A prova do laço está indicada nos casos com suspeita de dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a queda do número de plaquetas.
Vacina
Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. Até o momento os voluntários não apresentaram reações adversas.
Tratamento
Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos são as medidas de rotina para aliviar os sintomas.
Pacientes com dengue, ou com suspeita da doença, precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue.
Recomendações
* Dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente da forma clássica para quadros de maior gravidade;
* A pessoa só desenvolve imunidade para o tipo de vírus que contraiu e pode infectar-se com outro sorotipo, o que aumenta o risco de doença hemorrágica;
* A identificação precoce dos casos de dengue é de importância fundamental para o controle das epidemias;
* Combater os focos do mosquito transmissor é a única maneira de prevenir a transmissão da doença.
Dr. Drausio Varella
ARMADILHA:
1° pegue uma garrafa PET de 2 litros e corte-a ao meio, para transformá-la em um funil e um copo.
2° Retire o anel da ponta da garrafa sem quebrá-lo. Ele terá utilidade mais adiante.
3° Lixe o interior do funil até que ele fique bem embaçado, com a superfície áspera.
4° Recorte de um pedaço de +/- 7cm x 7cm de microtule ou de tela mosquiteiro fina com a trama (furinhos) de no máximo 1mm de diâmetro.
Depois cubra a boca do funil com essa telinha, e use o anel (que retirou no 2° passo) para prender. Depois com uma tesoura retire as sobras ao redor do anel. Veja foto (ampliada) a seguir.
IMPORTANTE:
- o microtule é um tecido mais fino que o tecido tule (filó), usado para fazer véu de noiva.
DICA: algumas pessoas estão vendendo tule (tecido usado para fazer o véu de noiva) como se fosse microtule, então sugerimos que chegue na loja e peça o tule, para depois então, pedir o microtule. Assim poderá comparar e ter certeza de qual é o microtule; aquele que tem a trama (furinhos) menor que o tule.
DICA: algumas pessoas estão vendendo tule (tecido usado para fazer o véu de noiva) como se fosse microtule, então sugerimos que chegue na loja e peça o tule, para depois então, pedir o microtule. Assim poderá comparar e ter certeza de qual é o microtule; aquele que tem a trama (furinhos) menor que o tule.
- a tela-mosquiteiro fina é aquela que se usa nas janelas para impedir a entrada de mosquitos, mas, é importante que a trama (furinhos) dessa tela não tenha o diâmetro maior que 1mm. =>
5° pegue dois grãos de arroz, e com a ajuda de uma colher, esmague-os.
Depois coloque os pedacinhos dentro da parte de baixo da garrafa, que agora serve como um copo.
6° depois de ter colocado os pedacinhos de arroz esmagados dentro do copo (parte de baixo da garrafa), coloque o funil com a ponta virada para baixo até tampar a boca do copo.
Depois prenda o funil no copo usando fita isolante. Essa emenda deve ser vedada totalmente.
Não pode deixar nenhum vão nessa união. Se precisar dê duas voltas com a fita isolante, para prender e tampar bem a boca do copo com o funil.
7° Calcule mais ou menos o meio do copo, faça uma marca e preencha com água limpa até essa marca.
Pronto, sua Mosquitérica está pronta para ser usada.
Agora, onde colocar a mosquitérica?
Resposta: sempre na sombra. De preferência dentro de casa ou bem próximo, em local sombreado (lembre-se que os Aedes Aegypti são mosquitos domésticos, encontrados principalmente atrás de cortinas, móveis e em locais próximos ao chão).
IMPORTANTE: as fêmeas hematófagas dos mosquitos percebem onde está a fonte de alimento pelo calor emitido pelas partes descobertas do corpo, calor este detectado por cerdas anatômicas dos mosquitos que funcionam como sensores de infra -vermelho. Portanto, se alguém está com dengue e desenvolve febre é sinal que está com viremia (carga viral alta no sangue).
Com febre, a aura de infra vermelho do corpo é maior e, portanto, é melhor percebida pelas fêmeas, que ao sugarem o sangue dessas pessoas infectam-se e vão infectar outras pessoas.
Por isso, o uso de mosquiteiros nas camas de pacientes com suspeita de dengue deveria ser uma provIdência de caráter obrigatório!
Manutenção - Após uma semana de uso, é bem provável que já tenha alguma desova do mosquito na Mosquitérica.
Para que esses ovos “nasçam”, é preciso aumentar o nível da água. Então, coloque mais uns dois ou três centímetros de água.
Depois, com o tempo, o nível da água vai diminuindo (evaporando) até chegar novamente ao primeiro nível. Quando isso acontecer, você pode repetir o processo colocando mais água, ou descartar a água conforme as instruções a seguir:
Como fazer o descarte da água: Primeiro, agitar bem a Mosquitérica para matar (afogado) qualquer mosquito que tiver se desenvolvido dentro dela, depois abri-la retirando a fita isolante e despejar toda a água com os mosquitos mortos, larvas e etc. na terra, em um buraco com +/- 10cm de profundidade. Depois cubra esse buraco com a terra. Se não tiver chão de terra para fazer isso, pode ser em um vaso grande de +/- 20 litros ou maior.
Se não tiver terra, após agitar a água para “afogar” os mosquitos adultos presentes, coloque detergente na água, agite e observe as larvas morrerem, ficando imobilizadas. Então o líquido pode ser descartado no vaso sanitário.
Use sua Mosquitérica o tempo que for necessário, até perceber que não aparecem mais mosquitos nela, e confirmar que em sua região não existe mais nenhum caso de Dengue. Mas, lembre-se, nunca deixe nenhuma coisa que possa ficar com água parada e descoberta; só assim poderemos acabar com a proliferação desse mosquito transmissor de doenças sérias.
ATENÇÃO:
Como em biologia não há nada absoluto, pode ocorrer de uma ou outra larva ficarem fora do padrão de tamanho, e com isso aparecerem no funil, acima da tela de microtule. Caso isto aconteça, é só descartar na terra e depois repor a água.
Por isso, não é só fazer a mosquitérica, mas faz parte do processo de cidadania responsável vigiá-la, pelo menos, a cada 3 dias.
Se a população abraçar essa causa, de forma unânime, em um mês acabaremos com os Aedes Aegypti em nosso ambiente.
Obs.: Esse manual contou com a colaboração da Profa. Maria Isabel Liberto, do Instituto de Microbiologia da UFRJ.