12 de novembro de 2010

Padre Julinho rejeita título de cidadão benemérito de Maringá

O monsenhor Júlio Antônio da Silva, mais conhecido como padre Julinho, entrou esta semana para a lista dos que abriram mão de receber o título de cidadão benemérito de Maringá. O religioso diz que não aceita a homenagem do Legislativo por princípios cristãos.

"Gostaria que a Câmara olhasse mais para o povo. Por que não dar a homenagem para aqueles que acordam às 4 horas da manhã em Sarandi, para trabalhar em Maringá?" " Na Bíblia já consta que a mão esquerda não saiba o que a direita está fazendo", justifica o pároco da Paróquia Cristo Ressuscitado, na Zona 5.

Padre Julinho tem 53 anos, 33 anos no sacerdócio, nasceu em Astorga, é fundador das instituições Marev, Casa de Emaús e Casa de Nazaré. A homenagem foi proposta pelo vereador Heine Macieira (PP) e constava da pauta de votação da Câmara na sessão da última terça-feira.

O parlamentar pediu arquivamento do projeto ao saber que o religioso rejeitou a honraria. "Não vejo nenhum problema nisso. Ele só cresceu no meu conceito com essa atitude, confesso que fiquei impressionado", disse Heine.

O vereador diz que não chegou a falar com o padre antes de propor a honraria. Segundo ele, a ideia de colocar a homenagem à votação partiu do ex-vereador Antenor Sanches.

A rejeição ao título não é inédita na Câmara. Em 2007, o empresário Marcos Falleiro também foi alvo do mesmo projeto, que foi votado e aprovado. À época ele era presidente do Galo Maringá. Segundo a presidência da Casa, Falleiro ainda não apareceu para receber o título
 
Odiario.com