Salve Zumbi, Salve Dandara!!!
Ainda que pese a nossa reflexão e desejo que o "20 de novembro", seja todos os dias, seja nos 365 dias do ano, seja dos 200 dias letivos, nas 800 horas do planejamento pedagógico, no dia a dia das empresas públicas e privadas, no cotidiano da vida.
Não deixemos de lutar para alcançarmos esse desejo que deve ser uma realidade e não uma utopia.
A nossa sagacidade e a perspicácia herdada dos/as irmãos/irmãs africanos/as, nos diz que é preciso estarmos atentos e fortes!
Para além do meu cansaço, do peso dos meus ombros, fico muito feliz e grata ao universo por me dar força, essa força que me impulsiona a cumprir uma agenda institucional diuturna, força essa que me ajuda a lutar contra o racismo institucional e " driblar" todas as situações adversas...
Para minha/nossa alegria as Escolas Estaduais, Municipais, espaços educativos estão realizando várias ações alusivas ao 20 de novembro, se por um lado reforça a máxima que o novembro negro sempre é lembrando e vivido só no novembro, por outro revela que as escolas/espaços educativos estão sedentas dessa temática e estão começando a quebrar a hegemonia do mito da democracia racial.
Defendo/acredito que precisamos aproveitar esses espaços, essas datas simbólicas/politicas para minar as estruturas perversas e seculares do racismo e das opressões. Muitos tombaram para chegarmos até aqui, o terreno foi pavimentado...
E, para além de todos os ventos contrários temos o dever de honrar as memórias de Zumbi, Dandara, Luiz Gama, Luíza Manhin, Adias do Nascimento, Lélia Gonzalez, André Rebouças, Aqualtune, Zeferina, Maria Felipa,Felipa de Souza, João de Deus, Lucas Dantas, Manoel Faustino, Luiz Gonzaga, Luíza Bairros e tantas Marias anônimas e tantos Joãos anônimos.
Existam e Resistam, por eles/elas e por NÓS!
Sigamos Aquilombados/as!
A luta é pela Vida, pela liberdade de SER, pela livre orientação sexual e pelo bem viver!
Érica Capinan, sem pontos e vírgulas mas com Fé, Lucidez e Resiliência!
