Os choques nos preços dos alimentos devem permanecer até a próxima década, e o Brasil é um dos países que precisam aumentar a produtividade de lavouras e pastagens, disse nesta sexta-feira a vice-presidente de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial.
"O aumento da intensidade dos eventos climáticos e o fato de que estamos consumindo mais comida do que produzimos anualmente, pela primeira vez de que temos lembrança, significam que vamos ter mais choques de preços de alimentos", disse Rachel Kyte à agência de notícias Reuters, após um evento durante o Congresso Mundial da Natureza, na Coreia do Sul.
"Teremos que investir em um sistema agrícola a longo prazo que permita recuperações", declarou.
A declaração foi dada em um momento em que a soja e o milho são negociados em patamares históricos na Bolsa de Chicago, elevados pela redução de safra causada pela maior seca em mais de 50 anos nos Estados Unidos, com repercussão em todos os mercados agrícolas do mundo.
O trigo também acumula alta em 2012, na esteira do milho e da soja, mas também influenciado por reduções de produção no leste europeu devido ao clima. (Veja mais)